16 April, 2006

Nâo sei o que tenho em Évora

A semana está prestes a chegar ao fim.. amanhã vou outra vez para Lisboa. Não sei se lhe chame sacrifício se alívio. Passei uma semana enfiada em casa... O tempo também não ajudou muito, diga-se de passagem. Mas eu não conseguia sair. Por muito bom tempo que estivesse, não sairia na mesma.

Talvez desenvolvi uma nova fobia (memo: procurar termo correcto para a designação da mesma) para juntar às restantes paranóias que tenho.. Não consigo sair à rua em Évora. Não consigo mesmo. Fico mal-disposta, com arrepios a subirem e a descerem pelas costas, não é normal.

Todas as ruas têm uma certa história para mim, em qualquer lado há sempre algo que me desperta sentimentos... Eu gostava de poder esquecer tudo, mas tudo mesmo. O facto de não querer encontrar certas e determinadas pessoas na rua sabendo que posso causar algum incómdo às mesmas, também tem que se lhe diga.

Já não sei o que pensar. Numa cidade que praticamente me viu nascer, onde cresci e onde passei os melhores momentos da minha vida, é triste dizer que tenho medo de cá voltar.

Eu gostava de poder esquecer tudo, mas tudo mesmo. Mas para esquecer o mau, também teria que esquecer o bom e isso eu não quero. Gostava de poder passar um pano por cima de tudo.

Se eu soubesse o que sei hoje...

Útimas palavras: Évora está no meu coração e assim vai ficar. Posso ser alfacinha de gema mas de certeza que sou alentejana de coracão. Foi nesta cidade que aprendi a amar, a sorrir, a chorar. (memo: Inês! Vê lá se deixas de ser mariquinhas pé de salsa e enfrentas as coisas como elas são!)

Se ao menos fosse assim tão fácil...

3 comments:

Anonymous said...

Inês por vezes temos que enfrentar certas coisas, mas percebo-te.
Sabes quem amo e não sei se quero ficar ou ir embora do meu locar de trabalho pois sei que isso significa deixar de o ver. Pelo menos aos fins de semana tenho algum alento, mas depois domingo à tarde volta logo a realidade e mais uma semana se aproxima sem que eu nada possa fazer. Bem sei que passei por coisas que não queria passar, aliás por mim por um lado nem punha lá os pés. Trabalho com algumas pessoas que não gosto, mas infelizmente tenho que as emgulir e tal como tu, tenho que enfrentar mas lá está há sempre o lado bom, que é o ver mesmo que seja de longe, mas só o ver. Sei que sou laméxas, sorry, lol.

Anonymous said...

tudo o que já viveste, tudo o que ja passaste fez de ti quem és. quanto ao passado... bem, it comes to the point where it is a fragile equilibrium between not-remembering, remembering and "banging your head on the walls" because it hurts that much and remembering and not hurting (aka reminiscing or however that is spelled). Trust me, you won't forget... it's hard not to remember the good times, and time will only teach you how to sigh, breath deep and carry on when you start thinking about the pass.
*pokes*:]

Anonymous said...

ouch, spelling! please ignore the mistakes, e o comment simplesmente "saiu" em ingles.....^_^;

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