30 April, 2006

Lost In Your Chains


I guess it was my faith in you that made me change my ways
That helped me to do better and wish for happy days
Or maybe it was the love you gave on all those bitter nights
And the whisper of your voice that promised its alright

Then why do I still cry here, and stare at all these tears
And pray for something better, though I wanted you for years
It seems I'm just not satisfied with all I thought you would be
I'm not sure who is the stranger, or who changed so drastically

I'm only stuck with one thought, which now engulfs my mind
I can't move on and leave you, or force our love behind
A fool for you is what I am, and I let my weakness show
You could try and kick me out the door, but love I won't go

You have me here, I'm stuck to you...so lost inside your chains
I would stand here in bitter cold, and wait in pouring rain
It is amazing in so little time how this keeps on hurting me
Yet still I cannot find the strength to get up and just leave

By Not Me

28 April, 2006


To: Magudaren-chan

The invisibility that wants to be seen
The thoughts that never speak
The silence that always needs to scream
It only feeds when I think
It only hurts when I breathe.

Re-post

A noite está tão escura. Olho para cima não para ver as estrelas, mas as minhas próprias lágrimas.
Aquele que amei traiu-me.
Judas, trairias-me com um beijo?

Quantas vezes falamos e rimos? Quantas vezes limpei as lágrimas do teu rosto? Quantas vezes me ajudaste em noites escuras como esta? Quantas vezes me beijaste apenas com o calor da amizade aquecendo os teus lábios?
Judas, trairias-me com um beijo?

Onde estão aqueles outros que também amei? Ter-se-ão dispersado aos ventos? Não era minha devoção suficiente? Não era minha adoração tesouro bastante?
Judas, trairias-me com um beijo?

O vento sugere-me que um erro foi cometido. Ela aproxima as suas mãos ao meu ouvido e sussurros aflitivos dos que sofrem, eu imploro: “Vento delicado, não sei de onde vens, nem para onde vais, contudo não me deixes perdido e só. Não partas voando sem me dizeres que transgressão cometi.” A brisa apenas uiva e geme em resposta, determinada em manter os seus segredos. Ela deixa-me frustrado e arrebatado.

O vento impiedoso deixa me só a sangrar, deixa-me só a sofrer com a minha confusão e dor.
Judas, trairias-me com um beijo?

Onde te tratei injustamente? Onde coloquei a dor no teu coração em vez da alegria e riso? Onde os meus lábios bordos te amaldiçoaram em vez de te animar?
Judas, trairias-me com um beijo?

Nas sombras escuras te escondeste. Em sussurros murmurados falas com aqueles espectros escondidos de intriga e decepção. Contos de dor trocados. Contudo estes contos alcançam os meus ouvidos de modo que eu possa emendar a ruptura? Haveria uma maneira de corrigir o erro?
Judas, trairias-me com um beijo?

Pode um erro que nunca foi trazido à luz ser corrigido? Quando a luz do dia brilha em cima dele e dispersa a escuridão, estará qualquer coisa ainda por ver? Se eu remover a ligadura da tua ferida para te curar, haverá uma ferida para ver?
Judas, trairias-me me com um beijo?

Sem um gemido, eu ficarei com os rasgos, as memórias do amor que tens para dar. Sem queixa, permitirei que minhas feridas sangrem.
Judas, trairias-me com um beijo?

Silenciosamente permanecerei na escuridão. Sem reprimenda, carregarei a minha cruz até ao monte onde os simples golpes dirigirão os pregos na minha carne. Silenciosamente, ando através da multidão daqueles que gritam: “Que crime terá este cometido?”
Judas, trairias-me me com um beijo?

Elos de luz começam a iluminar o céu, contudo este véu preto nunca será levantado do meu coração. Na escuridão o meu amor permanecerá onde logo definhará e morrerá. Com a morte vem a única libertação da dor e o sofrimento e eu convidá-la-ei para a minha mesa e reclinar-se-há comigo. Eu deixá-la-ei acariciar-me. Os seus lábios frios pressionarão os meus e na morte eu serei renovado.

Judas, trairias-me com um beijo?

16 April, 2006

Nâo sei o que tenho em Évora

A semana está prestes a chegar ao fim.. amanhã vou outra vez para Lisboa. Não sei se lhe chame sacrifício se alívio. Passei uma semana enfiada em casa... O tempo também não ajudou muito, diga-se de passagem. Mas eu não conseguia sair. Por muito bom tempo que estivesse, não sairia na mesma.

Talvez desenvolvi uma nova fobia (memo: procurar termo correcto para a designação da mesma) para juntar às restantes paranóias que tenho.. Não consigo sair à rua em Évora. Não consigo mesmo. Fico mal-disposta, com arrepios a subirem e a descerem pelas costas, não é normal.

Todas as ruas têm uma certa história para mim, em qualquer lado há sempre algo que me desperta sentimentos... Eu gostava de poder esquecer tudo, mas tudo mesmo. O facto de não querer encontrar certas e determinadas pessoas na rua sabendo que posso causar algum incómdo às mesmas, também tem que se lhe diga.

Já não sei o que pensar. Numa cidade que praticamente me viu nascer, onde cresci e onde passei os melhores momentos da minha vida, é triste dizer que tenho medo de cá voltar.

Eu gostava de poder esquecer tudo, mas tudo mesmo. Mas para esquecer o mau, também teria que esquecer o bom e isso eu não quero. Gostava de poder passar um pano por cima de tudo.

Se eu soubesse o que sei hoje...

Útimas palavras: Évora está no meu coração e assim vai ficar. Posso ser alfacinha de gema mas de certeza que sou alentejana de coracão. Foi nesta cidade que aprendi a amar, a sorrir, a chorar. (memo: Inês! Vê lá se deixas de ser mariquinhas pé de salsa e enfrentas as coisas como elas são!)

Se ao menos fosse assim tão fácil...

O coração tem razões que o própria razão desconhece...

Para atravessar contigo o deserto do mundo

Para enfrentarmos juntos o terror da morte

Para ver a verdade, para perder o medo

Ao lado dos teus passos caminhei



Por ti deixei meu reino meu segredo

Minha rápida noite meu silêncio

Minha pérola redonda e seu oriente

Meu espelho minha vida minha imagem

E abandonei os jardins do paraíso



Cá fora à luz sem véu do dia duro

Sem os espelhos vi que estava nua

E ao descampado se chamava tempo



Por isso com teus gestos me vestiste

E aprendi a viver em pleno vento.



Por Sophia de Mello Breyner Andresen



Sei que este poema é um dos teu favoritos. Eu não te quero dizer adeus, não quero deixar de fazer parte de ti. Mostraste-me o bom e o mau, a alegria e a loucura que existe dentro de mim.. Mas agora mostras-me outra faceta que eu conhecia em mim mas que preferia que continuasse bem no fundo do meu ser.. A raiva, o ódio, o medo de te perder.. é mais forte que eu. Não consigo dormir desde sexta-feira à noite, desde que me desligaste o telefone na cara. Doem-me os olhos, a garganta está rouca, a minha almofada tem o sabor do sal das minhas lágrimas.. Não sei mais que te dizer, sinto um vazio enorme no peito como há muito não sentia. Não sei se te lembras, mas foste tu quem preencheu esse vazio há muito tempo atrás quando outro alguém arrancou esse pedaço de mim.

Como não me atendes o telefone nem respondes às minhas mensagens, achei que talvez esta seria uma boa maneira de tentar falar contigo.. Não sei, parece que estou sempre a meter o pé na argola.. Só quero que saibas que estou aqui se precisares de mim. Sempre.

Amo-te.

12 April, 2006

Fear not the wind

Love, it seems, does conquer all.

Imhotep, he whose name I shall never mention again, believed that love was the most powerful thing of all things. Of course, his idea of love was kidnapping someone and damning them to spend eternity with him... So, I think that I shan't take to heart his definition...

06 April, 2006

(...) O lobo, ao vê-la entrar, disse-lhe, escondendo-se debaixo do cobertor:
— Põe o bolo e o boiãozinho de manteiga em cima da arca e vem deitar-te ao pé de mim.
O Capuchinho Vermelho tirou a capa e ia meter-se na cama, quando olhou muito admirada para a avó e perguntou:
— Avó, porque tem uns braços tão grandes?
— São para te abraçar melhor, minha neta!
—Avó, porque tem umas pernas tão grandes?
— São para correr melhor, minha neta.
— Avó, porque tem as orelhas tão grandes?
— São para te ouvir melhor, minha neta.
— Avó, porque tem uns olhos tão grandes?
— São para te ver melhor, minha neta.
— Avó, porque tem uns dentes tão grandes?
— São para te comer!!
E, dizendo estas palavras, o lobo mau saltou da cama para comer o Capuchinho Vermelho.

*sighs* Quando for grande, quero ser o Lobo Mau! Para comer as bolachinhas todas que andam pr'aí! LOL :p

( ^_^)v

04 April, 2006

PrObLeMaS dE LiNgUaGeM

*sighs* Ok, por onde começar?

Eu sei que há assim mOoOoOontes (hihi que exagero..) de pessoal que vem ver o blogue (sim, é assim em bom português) e já algumas pessoas se queixaram que alguns, se não os mais interessantes e longos posts estão em inglês e como devem calcular nem toda a gente foi abençoada com os dons das línguas de fogo (referência biblíca). Portanto o meu problema é o seguinte: se ponho tudo em português, as pessoas que não são portuguesas não entendem, se ponho tudo em inglês, os portugueses de Portugal (lol) também não vão lá... Suponho que poderia fazer uma edição bilingue, mas isso ia dar um trabalhão do caraças! De momento é a única solução que me ocorre. Se acharem que têm sugestões melhores, epah diguém qualquer coisa ou mandem!!! ;)

Tic-Só-Tac

São três da manhã e tudo dorme cá em casa menos eu, o frigorífico e dois relógios. Não consigo fechar os olhos e simplesmente sentir o sono a chegar. Não consigo. Viro-me para um lado da cama, para o outro, levanto-me e vou beber leite. Dizem que o leite faz bem para dormir. Pois... Em três dias acabei com dois pacotes... (comprar leite). Também não me há-de fazer mal, acho eu.

Já estou deitada outra vez. Passam milhões de coisas em frente dos meus olhos, pensamentos diversos. Nada em concreto, mas ao mesmo tempo algo em particular. Revejo todas as minhas notas mentais de há 2 segundos e encontro um padrão. Solidão.

Volto-me mais uma vez e olho para a parede. Sinto um calafrio percorrer as minhas costas. Sim, já sei que estou só. Agasalho-me melhor, na vã esperança de ainda esta noite poder ter algumas horas de sono. Ou talvez não.

Dei-me conta que estou assim há muito tempo. Talvez demasiado.

As minhas relações são, foram, no mínimo, complicadas. Não me posso referir a nenhuma delas sem fazer alguma careta.

Calor humano, é disso que sinto falta. Sentir-me.. não sei, acho que desejada é uma palavra muito forte para exprimir o que sinto. Mas á falta de melhor... Talvez seja mesmo isso.

Gostava de poder dormir com alguém ao meu lado sem ter que sentir o peso de um compromisso nem muito menos a obrigação de ter sexo com essa pessoa.

Não é isso que eu quero.

Mas ironicamente, parece que é isso mesmo que encontro. Em todas as relações que tive, parecia que toda a gente só tinha uma coisa na cabeça: sexo.

Não é isso que eu quero.

Eventualmente as coisas começam a deteriorar-se porque se chega a um ponto de "Ah é, já não queres ter sexo comigo?" ou coisa parecida. Eu não tolero isso.

O problema provavelmente sou eu. Quando conheço alguém de quem gosto, raramente rebento com a sua bolha da felicidade e depois quem se lixa sou eu. Faço as vontades a toda a gente. Mas quem faz as minhas?

Não é isso que eu quero.

Quando se gosta de alguém não se vai dizer: "Olha desculpa lá eu gosto muito de ti (subentenda-se que todas as formas do verbo amar são aqui aplicadas), só não quero é ter sexo contigo."

Eu sou completamente contra o sexo nos primeiros encontros (saídas, etc...) com alguém. Mesmo que se conheçam. Acho isso mau. É do género já tive sexo contigo, agora vai dar uma volta.. Pastilha-elástica-gente. É comer e deitar fora. Porque depois perde o interesse. Antigamente, as pessoas conheciam-se primeiro, falavam descobriam-se mutuamente. Só depois vinha o sexo, depois do casamento. Se agora se vai logo para a cama, meu Deus, saltamos quantos passos mesmo? Já não há nada para descobrir.

Não é isso que eu quero.

O sexo transforma as pessoas em escravos de si mesmos.

Eu quero sentir-me apaixonada todos os dias. Isso sim. Não me quero sentir acorrentada a uma coisa que me torna infeliz. O amor sim é importante. Provavelmente se eu disser que gostava de poder amar sem ter sexo, talvez me dissesem que não regulo bem. Ainda assim já o dizem á mesma... Tanto me faz.

Mas a questão não é essa. O sexo, uma forma saudável e como parte integrante (não condicionante) de uma relação, é perfeitamente normal e eu concordo plenamente.

O "não tens sexo comigo, acabamos já aqui e agora" é revoltante.

Voltando à bolha de felicidade dos outros... Já aconteceram algumas situacões em que eu pura e simplesmente não disse "não". Pensava sempre: "Ah digo para a próxima vez que falarmos" ou "pode ser que se aperceba...". Não queria chatear-me nem magoar ninguém. No fundo, acabei por me magoar a mim própria. Sempre. Se alguma vez estiverem numa situação semelhante, falem logo. Não há coisa pior do que sentirem o acumular de emocões contraditórias dentro de vocês mesmos. Isto é tanto para rapazes como para raparigas, ok? ;) As pessoas pensam muito mais nelas mesmas do que nos outros, portanto não se fiem no 'aperceber' que assim também não vão lá... Se alguma coisa não está bem, digam. Não se roam depois a pensar no "se eu tivesse dito..."

Ainda sem sono? Posso continuar eternamente...

Gostava de poder sentir os braços de alguém à minha volta enquanto durmo. Gostaria de me sentir segura, protegida.. Amada pelo menos ainda nesta vida. É essa a ideia que eu tenho quando imagino como seria poder dormir o sono dos anjos assim. Para mim, as melhores partes de todas as relações que tive foram os momentos out e os momentos aftersex. Posso estar a ser um pouco fria e tenho a certeza de que houve mais situações boas. Mas agora não me lembro. Gostava de sair porque era nessas alturas que nos conhecíamos melhor, falavamos e blá blá (uns parágrafos acima). Nos momentos aftersex, a coisa era diferente. "Nunca mais acaba..." pensava eu no durante e arrastadamente esperava ansiosa pelo afterglow. Eu raramente conseguia dormir a seguir, de modo que ficava acordada a contemplar. Não conseguia afastar o olhar. Ver os corpos num estado de repouso extremo, numa altura em que todas as defesas estão ausentes.. É algo que não consigo explicar. Mas preenche-me. Só sentir o calor que irradiado, a respiração calma e o bater do coração... derreto-me completemente. Não é o sexo que me fascina, é o amor. A sensualidade, a delicadeza, a fragilidade, a placidez dos corpos. É isso que me desperta.

Acho um beijo mil vezes mais sensual e capaz de agitar coisas em mim que desconheço do que a mais tórrida cena de sexo. Palavra de honra.

Para mim, não há nada melhor do que dormir com alguém. Melhor ainda se for no aconchego das roupas, junt@s. Para isso não é preciso ter sexo meus amigos. Apenas confiança e, no mínimo dos mínimos, amizade. ;) Não é nenhum crime, nem nenhuma aberração dormir com alguém na mesma cama. Seja rapaz, rapariga ou até mesmo indecisos. Desde que haja respeito e carinho, de igual para igual, sem segundas intenções, para mim é um dos pequenos grandes prazeres da vida. Para mim, só assim. O que é crime é andarmo-nos a enganar a nós mesmos e fazermo-nos infelizes em relações que nos desgastam física e psicologicamente só por comodismos. A cama é um sítio sagrado. Também o é a Amizade e o Amor.

Espero que pensem nestas palavras. Não são muito sábias mas é o que se pode arranjar... Bem, agora já estou mesmo com sono. Fui e fiquem bem.

P.S.- Na minha cama ou na tua? ;) (não comecem com risinhos marotos... lol)
 

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