27 January, 2006

O dia corre lentamente. Acordo desapontada mas levanto-me. Ultimamente é assim todas as manhãs. Quase que parece um suplício abrir os olhos. É por isso que preciso dela. Para fazer desaparecer todo este sofrimento nem que seja por um instante. Apenas para fazer algum sentido nesta vida sem sentido que levo. É tudo isso que a vida é... uma fraca substituta para o Inferno.

Se não o fosse, então porque existem tantas pessoas infelizes? Incluindo eu própria?
A vida não é o que fazemos dela... A vida é uma aventura doentia apenas à esperar de morrer mesmo antes de nascer. Desde a primeira vez que respiramos, começamos a morrer, decompondo-nos em nada.

Viver é viver em dor, sofrer dentro de nós próprios, esperando que não gritemos por ajuda. Mesmo quando gritamos por ajuda, estamos a posicionar-nos numa bola de rejeição flamejante.

A moralidade de tudo isto é que não há propósito algum para a vida humana. A vida humana está aqui para destruir a Terra, somos nós a espécie alienígena... Destinados a viver uma vida de regras independentes, de moralidade. Sós, lutamos pela sobrevivência da raça que com ou sem as nossas mentes, não existiria. A vida é só uma ideia... uma ideia de bem-estar e felicidade que teóricamente é só um estado de mente.

As sombras que seguiram durante tanto tempo só agora começam a brilhar, observando a escuridão de alguns, tornados única e friamente para uma garrafa. Embriagados com ódio absoluto, afogando-se em si próprios.
Esta é a minha vida, estes são os meus dias; mas interrogo-me por quanto tempo mais. Não tenho a certeza. A única coisa que me impede de ir lentamente, de me dissipar num mundo do nada, de me dissipar num mundo onde pertenço é ela. Um mundo de solidão, remorsos e promessas quebradas, onde gozo as mágoas residentes em mim.

Quem precisa de viver quando podemos sonhar? Sonhos são tudo isto que as raças fracas se baseiam. Sem sonhos somos piores que nada. Simplesmente não existimos.

1 comment:

Anonymous said...

Sinto o mesmo que tu, solidão, dor, por vezes até despreso. Arrasto-me netes mundo cruel e sombrio. Onde nada nem ninguem vem me acalmar. Espero a morte nada mais,quando ela vier talvez obtenha a paz que tanto anseio.

Post a Comment

 

2005-2011 Lachaesis | The Kiss Of The Valkyrie